Análise óssea revela caso inédito de tuberculose em neandertais; entenda
Pesquisadores acreditam que neandertais podem ter contraído a doença ao consumir animais infectados; esqueletos estudados foram encontrados em 1932, na Hungria
Pela primeira vez, cientistas identificaram evidências de tuberculose em neandertais. A descoberta foi divulgada em dois artigos publicanos na revista Tuberculosis: um liderado por György Pálfi, do Departamento de Antropologia Biológica da Universidade de Szeged, na Hungria; e outro liderado por Oona Y-C. Lee, do Instituto de Microbiologia e Infecção da Universidade de Birmingham, na Inglaterra.
As pesquisas foram conduzidas a partir de esqueletos encontrados em 1932 na caverna Subalyuk, no norte da Hungria. O local servia como abrigo para animais e humanos, sendo um importante sítio arqueológico associado ao período Paleolítico, de acordo com o portal Live Science. Os esqueletos pertenciam a uma mulher, com idade entre 25 e 35 anos, e a uma criança, de cerca de 3 ou 4 anos.
Embora os materiais sejam antigos, os cientistas decidiram estudá-los novamente devido aos avanços metodológicos que ocorreram na área. Em 2023, foi feita a datação por radiocarbono, mostrando que a mulher morreu entre 37 mil e 38 mil anos atrás, enquanto a criança morreu entre 33 mil e 34 mil anos atrás. As datas das mortes são consideradas relativamente recentes, coincidindo com o período de extinção dos neandertais.