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ASF: “Temos muito mais malária, pneumonia, crianças com tuberculose do que com Covid-19”, diz pediatra

Dra. Margarida Gaspar, pediatra no Hospital David Bernardino em Luanda

No Angola Saúde em Foco desta semana falámos com a médica pediatra, a dra. Margarida Gaspar sobre saúde infantil.https://www.facebook.com/plugins/quote.php?app_id=232713150188624&channel=https%3A%2F%2Fstaticxx.facebook.com%2Fx%2Fconnect%2Fxd_arbiter%2F%3Fversion%3D46%23cb%3Df33bcc684ffeb4%26domain%3Dwww.voaportugues.com%26origin%3Dhttps%253A%252F%252Fwww.voaportugues.com%252Ff211d7ce41bd644%26relation%3Dparent.parent&container_width=1349&href=https%3A%2F%2Fwww.voaportugues.com%2Fa%2Fasf-temos-muito-mais-mal%25C3%25A1ria-pneumonia-crian%25C3%25A7as-com-tuberculose-do-que-com-covid-%2F5773416.html%3Ffbclid%3DIwAR35s8Aux0xaw503Xrm-XI9uOL3Jmzg-ox74FruwTsrS0fmXsyXaX4P0CHg&locale=en_US&sdk=joey

Num país em que a taxa de mortalidade em crianças com menos de cinco anos ainda é preocupante, a dra. Gaspar relaciona a saúde da criança com a saúde da mulher no período de gestação, refere os problemas de saneamento básico e de higiene como fonte de doenças e reforça que “a vacinação é a melhor medida que um sistema de saúde pode ter”, mas em Angola os desafios nesse campo “ainda são grandes”.

Numa conversa sobre as principais doenças que afectam as crianças em Angola, a dra. Margarida Gaspar referiu ainda que há muitos casos de doenças infecciosas, devido a um vasto número de vírus. A título de exemplo ela mencionou doenças respiratórias agudas como pneumonia e tuberculose.

Fazendo alusão à saúde de recém-nascidos, a pediatra do hospital pediátrico David Bernardino disse também que “se a mulher grávida não tiver um acompanhamento adequado, isso pode contribuir para o nascimento de uma criança com muitos problemas”, explicando que às vezes as mães não sabem que são portadoras do vírus da SIDA e acabam por transmitir ao bebé.

“Temos muito mais malária, pneumonia, crianças com tuberculose do que com Covid,” Margarida Gaspar

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Segundo ainda o UNICEF, estima-se a taxa de mortalidade de menores de cinco anos em 68 por 1000 nados vivos, e do recém-nascido de 24 em cada 1000 nados-vivos. A mortalidade neonatal estima-se em 24 mortes por cada 1000 nados-vivos, e a mortalidade pós-neonatal estima-se em 20 mortes por cada 1000 nados-vivos.

A vasta maioria destas mortes podem ser evitadas, diz o UNICEF: “Hábitos saudáveis e intervenções simples, mas de grande impacto, como administração de complemento nutricional e o uso de mosquiteiros, vacinas básicas e hábitos de boa higiene podem prevenir muitas das mortes”.

Apesar dos números ainda estarem longe do desejado, Margarida Gaspar considera que há melhorias no que toca à malária na saúde infantil, mas apela a um maior envolvimento das comunidades.

Em termos de desafios, a médica refere o saneamento básico, a falta de promotores de saúde e mais meios necessários ao atendimento de pacientes em hospitais e unidades de saúde.

Para a dra. Gaspar a “vacinação é a melhor medida que um sistema de saúde pode ter”, mas reconhece haver muitos desafios nesse campo: “O problema é a oferta – as unidades sanitárias podem ter as vacinas, mas as comunidades não chegam até elas”, disse.

Segundo a pediatra a taxa de cobertura de vacinação em Angola está abaixo dos 80%.
Perante o comentário da internauta e activista social Ermelinda Freitas, que disse que actualmente “tudo é Covid”, referindo-se a diagnósticos em unidades de saúde, a dra. Gaspar disse não haver tantos casos assim de Covid-19: “Temos muito mais malária, pneumonia, crianças com tuberculose do que com Covid”.

Fonte: https://www.voaportugues.com/a/asf-temos-muito-mais-mal%C3%A1ria-pneumonia-crian%C3%A7as-com-tuberculose-do-que-com-covid-/5773416.html?fbclid=IwAR35s8Aux0xaw503Xrm-XI9uOL3Jmzg-ox74FruwTsrS0fmXsyXaX4P0CHg