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Baixa adesão ao calendário de vacinas gera alerta das autoridades de Saúde

Publicação: 6 de janeiro de 2021

Medo do coronavírus, movimentos antivacina e fake news levam à queda da imunização em MG e no Brasil. Governo estadual reforça campanha em favor da imunização

No momento em que a vacinação contra a COVID-19 começa em alguns países, como Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, no Brasil não há cronograma de imunização contra o novo coronavírus e os índices de cobertura vacinal para outras doenças têm caído. Esse fenômeno ocorre também em Minas Gerais, empurrado pelo receio das pessoas de sair de casa para procurar as instituições de saúde em meio à pandemia. Ainda que a preocupação quanto ao coronavírus seja importante, é preciso lembrar da prevenção para as demais patologias

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Outro fator que contribui para a baixa na vacinação é o crescimento dos movimentos antivacina. Em Minas Gerais, dados mais recentes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) dão conta de que, na faixa etária até 5 anos de idade, a vacina para hepatite B,  a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, e a dose de reforço da vacina contra poliomielite, para prevenção da paralisia infantil, são as que apresentam taxas de cobertura vacinal  mais baixas.Continua depois da publicidade
No estado, para a tríplice viral, cujo público-alvo é formado por crianças até 1 ano, estão vacinados 75,38% desse conjunto, observando o período de janeiro a setembro deste ano. Obrigatória para crianças até 4 anos, a segunda dose contra a poliomielite está com cobertura de 70,55% do grupo que deve ser vacinado, nos padrões nas autoridades de Saúde em Minas Gerais, no mesmo período considerado. A meta de cobertura para ambas as vacinas é de 95%.
Com a campanha Vacina Mais Minas Gerais, a SES-MG alerta a população sobre os benefícios da vacina, os riscos de ignorar essas medidas de prevenção, com o intuito de desmistificar notícias falsas sobre o tema. “As baixas coberturas vacinais colocam a população em risco de surtos, epidemias ou retorno de doenças que não tinham mais casos confirmados no Brasil. Há risco, por exemplo, de sarampo, poliomielite e febre amarela, que são preveníveis por vacinação acometerem novamente a população”, divulga a entidade.
Continua depois da publicidadeNo Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, segue com as ações de vacinação, respeitando medidas de segurança para evitar a disseminação da COVID-19. Estão mantidas, por exemplo, as estratégias de imunização contra o sarampo entre pessoas de 20 a 49 anos. Foram realizadas, ainda, as campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite e de multivacinação, neste caso, para atualizar a situação vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos.
Segundo o ministério, as baixas na cobertura vacinal em muito se devem à falsa sensação de segurança causada pela diminuição ou ausência de doenças imunopreveníveis, o desconhecimento da importância da vacinação por parte da população mais jovem (que cresceu com algumas doenças erradicadas), e as falsas notícias veiculadas, especialmente, nas redes sociais. Essas fake news incitam, muitas vezes, o medo de eventos adversos, reforçando supostos malefícios que as vacinas podem provocar à saúde.
A hesitação em vacinar é apontada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como um problema global. Há estudos indicando que a probabilidade de uma criança ser totalmente imunizada com todas as vacinas recomendadas até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 14 milhões de crianças no mundo não receberam as vacinas oferecidas.

Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/12/25/interna_nacional,1223578/baixa-adesao-ao-calendario-de-vacinas-gera-alerta-das-autoridades-de-saude.shtml?fbclid=IwAR2jCCc5SdP2_5couQ81xet0x6oef9wCluqeVg-s_m8LB9J31zwyTj0fI5o

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