Publicação: 28 de novembro de 2023
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Os Brics foram protagonistas da discussão sobre o futuro da prevenção e enfrentamento da tuberculose no último dia da Conferência da Union, em Paris, na França. O Ministério da Saúde foi representado pela Coordenadora-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias não Tuberculosas, Fernanda Dockhorn, que foi convidada a responder a seguinte pergunta “Para acabar com a tuberculose no Brasil a vacina é necessária?”
Fernanda iniciou fazendo um histórico das mudanças ocorridas no país, nos últimos anos, apontando questões como o aumento de pessoas infectadas e os fatores de risco biológicos e sociais como alguns dos pontos de mudança do cenário epidemiológico e tendências históricas para o controle da tuberculose no Brasil. Além disto, ela apontou a pandemia da Covid-19 e a política do governo anterior como alguns dos fatores para a significativa regressão nos avanços para eliminação da tuberculose nos últimos anos.
“Certamente o aumento da pobreza em nosso país e a injustiça social existente foram igualmente fatores que contribuíram para o quadro de agravamento da TB”, declarou apontando ainda estratégia do Ciedds, com o trabalho conjunto dos ministérios como fundamental para a modificação desta realidade.
Diante cenário a médica responde que sim, o incremento vacinal seria elemento que se somaria ao conjunto de outras ações de modo a eliminar a TB como problema de saúde pública no país.
Os BRICS é um bloco formado por um grupo de países de mercado emergente, quer iniciou com quatro países em 2009. A partir de 2024 o grupo terá novos membros: Egito, Argentina, Etiópia, Iran, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita
Atualmente o grupo representa mais de 40% da população mundial e cerca de 46% dos novos casos e 40% de todos os óbitos associados à tuberculose estão concentrados nestes países.
Liandro Lindner, especial para a Agência Aids
