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Infecções sexualmente transmissíveis: como está o cenário no Brasil?

Publicação: 3 de janeiro de 2023

O avanço das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é uma preocupação mundial, com diversos países enfrentando verdadeiras epidemias

Os casos de sífilis no Brasil vêm aumentando nos últimos anos. Segundo dados disponíveis pelo DATASUS, foram notificados 7.811 casos de sífilis adquirida em 2016 no país. Já entre os anos de 2017 e 2020, o número de notificações foi de 122.172, 159.232, 155.957 e 115.242 casos, respectivamente.

Uma grande preocupação é a infecção em gestantes, uma vez que a transmissão vertical está associada a desfechos neonatais desfavoráveis — tais como mortalidade intraútero, parto prematuro ou morte neonatal — e a complicações congênitas — tais como alterações ósseas e musculoesqueléticas. Os dados de notificação nacional mostram que o número de casos diagnosticados na gestação também vem aumentando, passando de 49.835 em 2017 para 61.402 em 2020. Felizmente, o número de casos de sífilis congênita demonstrou tendência de queda: de 25.039 notificações em 2017 para 22.136 em 2020.

É sempre importante ter em mente que esses dados são derivados das notificações nacionais, podendo ser subestimadas.

Uma das dificuldades no diagnóstico de sífilis é a ampla variabilidade em suas formas de apresentação, que podem ir desde formas assintomáticas a quadros com acometimento sistêmico ou comprometimento de sistema nervoso central a quadros crônicos com complicações deformantes e que podem ser irreversíveis.

Leia também: Sífilis congênita: o que o médico precisa saber

Penicilina benzatina é considerada o tratamento de escolha, com o número de doses dependendo da forma clínica, sendo o único considerado como eficaz em gestantes. Recomenda-se o tratamento após um único teste diagnóstico reagente (treponêmico ou não treponêmico) nas seguintes situações:

  • gestantes;
  • vítimas de violência sexual;
  • pessoas com chance de perda de seguimento;
  • pessoas com sinais ou sintomas de sífilis primária ou secundária;
  • pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis.

Nas demais situações, recomenda-se que o diagnóstico seja realizado por meio de testes imunológicos sequenciais, preferencialmente iniciando-se com testes treponêmicos (FTA-Abs, ELISA/CMIA/EQL, TPHA/TPPA/MHA-TP, teste rápido), os primeiros a se tornarem reagentes. Testes complementares não treponêmicos (VDRL, RPR, TRUST, USR) podem ser usados para confirmação e acompanhamento dos casos.

Fonte: https://pebmed.com.br/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-como-esta-o-cenario-no-brasil/

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