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Monitoramento da Rede de Teste Rápido – Lições Aprendidas

Publicação: 26 de dezembro de 2018

(Kleydson Andrade – Programa Nacional de Controle da Tuberculose – PNCT – ponto focal do programa na pesquisa)

O processo de monitoramento da Rede de Teste Rápido passa continuamente por revisões desde a sua implantação em 2014 com o objetivo de melhorar a operacionalidade do sistema, os dados e os resultados gerados a partir da rotina laboratorial no país. Os tipos de revisão e lições aprendidas retiradas deste trabalho foram apresentados pelo ponto focal de pesquisa do Programa Nacional de Controle de Tuberculose (PNCT), Kleydson Andrade.

Além dos próprios objetivos da Rede, foram revisados os dois instrumentos de trabalho utilizados pelos monitores e coordenadores de programa nos estados e municípios: uma planilha eletrônica e um formulário de consolidação de dados, preenchidos e enviados mensalmente ao PNCT. Estes insumos (quantidade de cartucho utilizado, de módulo com defeito, de teste com MTB detectado/não detectado, resistente/sensível à rifampicina, resultados indeterminados) são transformados em um relatório, que é discutido internamente do ponto de vista epidemiológico e laboratorial, e retornam com uma devolutiva para os próprios profissionais da ponta.

O antigo relatório era um PDF de difícil utilização. A partir de janeiro deste ano, ele foi transformado em uma planilha dinâmica com um resumo do que foi produzido para alguns temas e destaques gerais do país oriundos da discussão interna. Uma segunda planilha compila os dados, antes distribuídos em várias páginas, em poucos gráficos e uma tabela. Todo o histórico da produção da Rede de Teste Rápido no país, de 2014 a 2017, pode ser acessado por estes instrumentos, inclusive visualizados separadamente por estados ou municípios. Após alguns meses da mudança, coordenadores utilizaram esses produtos em eventos, mostrando que absorveram a nova forma de armazenamento de dados do monitoramento.

As lições aprendidas nas revisões mostram que houve melhoria na qualidade da informação produzida pelos profissionais no preenchimento do formulário específico para solicitação de exames de tuberculose; e que foi identificado que o Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) pode ser utilizado para movimento do Teste Rápido, evitando o preenchimento de várias planilhas no monitoramento. No entanto, o número de erros nos testes tem aumentado, o que pode indicar uma alta rotatividade de profissionais que manuseiam a máquina e a necessidade de capacitação contínua.

Outras lições atestam que a Rede de Teste Rápido aumentou em torno de 5% o percentual de confirmação laboratorial dos novos casos de tuberculose sensível, ou seja, melhorou a detecção destes casos confirmados no país. Já o alto percentual positivo do Teste de Resistência à Rifampicina identificados pela Rede de Teste Rápido demanda reforço na busca por sintomáticos respiratórios e a necessidade de acompanhar a confirmação do diagnóstico de TB resistente por meio de testes fenotípicos e notificação dos pacientes nos sistemas de informação. E, com o monitoramento, alguns testes foram usados para acompanhamento de casos de resistência durante o tratamento e não somente no momento de diagnóstico.

A Rede de Teste Rápido é composta por 150 laboratórios, espalhados por 94 municípios, com o total de 179 equipamentos. Há outros disponibilizados para pesquisa também com subsídio do Ministério. Em 2017, a Rede está sendo expandida com a distribuição de mais 60 máquinas pelo país.

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