
Novo teste de detecção da tuberculose pelo SUS
O teste de liberação do interferon-gama será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em até 180 dias, segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, em 11 de novembro de 2020. Essa é mais uma opção para a detecção da tuberculose, que promete um processo mais rápido, com o paciente se deslocando apenas uma vez […]
O teste de liberação do interferon-gama será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em até 180 dias, segundo a portaria publicada no Diário Oficial da União, em 11 de novembro de 2020. Essa é mais uma opção para a detecção da tuberculose, que promete um processo mais rápido, com o paciente se deslocando apenas uma vez ao laboratório.
O novo método prevê o desenvolvimento da tuberculose ativa, amplia a orientação clínica para o diagnóstico e reduz o número de casos.
Atualmente, a metodologia utilizada no SUS é o tuberculínico PPD, que ocorre em duas etapas: uma para aplicação do teste e outra para leitura e interpretação do resultado.
Sobre a tuberculose
Enfermidade infecciosa, de evolução crônica que afeta principalmente os pulmões. A transmissão ocorre por via respiratória, através de gotículas produzidas pela tosse, fala ou espirro de pessoas contaminadas. Os principais sintomas são tosse repetitiva, febre, emagrecimento e suor. A tuberculose tem cura e o tratamento tem duração mínima de seis meses.
O diagnóstico é realizado através de testes, exames de análise e radiografia de tórax. Os remédios utilizados são a rifampicina, isoniazida, rifapentina, pirazinamida e etambutol. A vacina BCG é utilizada como forma de prevenção.
Cooperação internacional
No mesmo dia da divulgação da incorporação do interferon-gama ao SUS, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, reforçou na 10ª Reunião de Ministros da Saúde do BRICS, a importância de garantir o acesso das populações dos países a medicamentos, vacinas e outros insumos para combate de doenças que ameaçam a saúde pública mundial, como a tuberculose.
O encontro foi realizado por videoconferência, juntamente com os outros ministros e autoridades de saúde do agrupamento composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O grupo também discutiu a importância de unir a capacidade produtiva e o compromisso político dos BRICS para o enfrentamento à Covid-19. Juntos, os BRICS possuem um dos maiores parques industriais de produção de insumos para saúde do mundo.
O ministro chamou a atenção para os riscos da pandemia de Covid-19 comprometer o progresso alcançado no controle da tuberculose nos últimos anos, com impactos na redução, diagnóstico precoce e no tratamento oportuno.
Pazuello afirmou ser necessário responder de forma célere, articulada e multissetorial aos desafios impostos pela tuberculose e a Covid-19.
“Para o Brasil, é fundamental que os BRICS fortaleçam as estratégias nacionais da tuberculose e mantenham financiamento adequado para o enfrentamento à doença, especialmente na área de pesquisa e inovação”, disse.
O ministro lembrou que a cooperação, no âmbito da Rede de Pesquisa em Tuberculose (Rede-TB do BRICS), tem contribuído para responder aos desafios globais pelo fim da enfermidade.
“Sem um esforço coletivo do grupo, o mundo não atingirá as metas estabelecidas para sanar a tuberculose”, enfatizou Pazuello.
O evento foi encerrado com a publicação do documento: “Medidas tomadas pelos países do BRICS na área de saúde para combater a disseminação do novo coronavírus”. No compilado foi incluído o conjunto de medidas adotadas pelos países no combate à pandemia.