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Piomiosite Tuberculosa (PT): conheça a forma extrapulmonar da tuberculose

Publicação: 12 de julho de 2022

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A tuberculose (TB), doença bacteriana causada, principalmente, pelo Mycobacterium tuberculosis, é uma infecção antiga, de diagnóstico relativamente simples, e com tratamento barato e eficaz. Todavia, ela ainda persiste como um desafio para os sistemas de saúde, principalmente nos países subdesenvolvidos, sendo considerada uma doença reemergente. 

Sua apresentação pulmonar é a forma mais comum de manifestação (cerca de 80% dos casos), entretanto, embora mais inusuais, as formas extrapulmonares também são importantes e merecem atenção, como é o caso da piomiosite tuberculosa (PT).  

Discussão

O termo piomiosite é empregado quando há formação de um abscesso ou certo grau de necrose do grupamento músculo-esquelético, causado por uma infecção bacteriana. Ela pode ocorrer em qualquer local do sistema músculo-esqueletico, porém com maior prevalência nos músculos da região da coxa, glúteos e tronco. 

O S. aureus (85-95%) é, de longe, o agente etiológico mais comum das piodermites, todavia, outras bactérias também podem estar envolvidas nesse processo infeccioso, como a E. coli, o Streptococus sp. e o próprio M. tuberculosis.

A piomiosite tuberculosa (PT) é um quadro raro de apresentação extrapulmonar da doença, cuja fisiopatologia é incerta, sendo mais comum em homens, na primeira ou segunda décadas de vida (mesmo sem comorbidades), e em imunodeprimidos. Após a infecção primária, na maioria dos casos, ocorre uma disseminação linfática ou hematogênica, com invasão de estruturas adjacentes, levando a um abscesso muscular. 

Suas manifestações clínicas podem ser descritas em três fases

  • Fase 1: Nesse estágio, o abscesso ainda não pode ser visualizado, e alguns sintomas inespecíficos podem aparecer, como febre, sudorese vespertina e mialgia; 
  • Fase 2: Após cerca de 10 a 21 dias dos primeiros sintomas, um edema muscular já pode ser observado, associado a febre e leucocitose; 
  • Fase 3: Estágio mais preocupante, onde formas sistêmicas graves podem ocorrer, como sepse e choque. 

O diagnóstico laboratorial pode ser feito por meio de hemocultura, pesquisa de baar da secreção, cultura e teste rápido molecular, por exemplo. Outros exames complementares, notadamente os de imagem (Ultrassonografia, Ressonância Nuclear Magnética) das lesões, contribuem significativamente para a investigação diagnóstica.

Quanto ao tratamento da piomiosite tuberculosa (PT), utiliza-se o mesmo esquema empregado para a tuberculose pulmonar: 2 meses de RHZE, seguido de 4 meses de RH.

Mensagem final

Embora seja uma forma incomum de apresentação extrapulmonar, a piomiosite tuberculosa (PT) deve ser lembrada e entrar na lista de possíveis diagnósticos diferenciais de uma ampla gama de doenças. 

A clínica do paciente, associado ao exame físico, exames de imagem e à coleta de material da secreção do abscesso são fundamentais para o seu diagnóstico. O estudo laboratorial da amostra, com avaliação citológica, bioquímica e microbiológica, à procura da identificação do M. tuberculosis, é imprescindível para um diagnóstico rápido e preciso, proporcionando um adequado tratamento e consequente cura.  

Fonte: https://pebmed.com.br/piomiosite-tuberculosa-pt-conheca-a-forma-extrapulmonar-da-tuberculose/

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