Publicação: 25 de outubro de 2021
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Uma equipe da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, realizou testes para analisar a forma como a tuberculose é transmitida, já que nos últimos meses houve um aumento de mortes pela doença, que foi relacionada a Covid-19.
Segundo o resultado do estudo, apresentado em uma grande conferência, não apenas a tosse, mas a respiração também é responsável por disseminar a tuberculose. Foram examinados aerossóis liberados durante a respiração normal, respiração profunda e tosse e descobriram que, após cinco minutos, os três produtos produziam partículas contendo as bactérias perigosas.
Ainda de acordo com o artigo, embora a tosse produza três vezes mais partículas do que a respiração, a pesquisa observou que, como as pessoas respiram o dia todo, exalar pode simplesmente contribuir com mais de 90% da bactéria no ar.
Segundo o Medical Xpress, a tuberculose é, historicamente, o assassino infeccioso número um do mundo, causando cerca de 1,5 milhão de mortes por ano em todo o mundo. Esse número foi superado apenas recentemente com a chegada da pandemia da Covid-19.
A tosse, assim como na Covid, é a marca registrada da doença, no entanto, as semelhanças com a causadora da pandemia não param por aí: ela também pode existir sem sintomas. Clique aqui e entenda as semelhanças e diferenças entre a tuberculose e Covid-19.
Para o líder do estudo, Ryan Dinkele, as descobertas podem explicar por que a abordagem tradicional de apenas testar e tratar pessoas com sintomas de tuberculose e que procuram tratamento não está sendo suficiente para conter a disseminação.
De acordo com o especialista, uma maneira alternativa para diagnosticar a doença é necessária, ainda mais “se a transmissão for possível na ausência de sintomas, [o que] é extremamente desafiador.”
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Conforme dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de um quarto da população mundial está infectada com a bactéria da tuberculose – mas apenas de 5% a 15% manifestam a doença, sendo a maioria a população que vive em países de baixa e média renda.
Para uma maior segurança, conforme observação de Dinkele, mudanças em ambientes fechados, como de trabalho, precisariam ser feitas, como aumento do fluxo de ar, filtragem e esterilização em edifícios. Porém, todo o investimento nessa proteção pode custar caro, o que mantém os países mais pobres ainda mais vulneráveis devido a incapacidade de implementar as melhorias.
