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RS: Papel da Sociedade Civil no Acompanhamento Comunitário em Pesquisa

Publicação: 26 de dezembro de 2018

(Carla Patrícia – coordenadora do Grupo de Apoio à Prevenção da Aids do RS e socióloga)

A exposição da socióloga Carla Patrícia trouxe uma reflexão crítica acerca do caráter simbólico do lugar que a mobilização social e o engajamento ocupam no universo da pesquisa em tuberculose, no qual ainda predomina o discurso da área biomédica em detrimento das abordagens qualitativas, que pensam o sujeito de forma mais integrada e suas especificidades.

Se faz necessário um exercício para perceber que os Centros Comunitários de Acompanhamento em Pesquisa (CCAPs) e os ativistas somente são considerados um braço importante na construção dos processos quando são uma exigência do financiador. Fora isso, têm sido interpretados como “algo” que pode atrapalhar, pois trazem novas perspectivas e formas de fazer a serem considerados. Para Carla, há uma compreensão frágil dos pesquisadores quanto ao papel destes atores nas experiências já vivenciadas, além da prática de uma relação de poder verticalizada. Em geral, entende-se que eles terão uma função operacional e não a de soma dos saberes que cada um pode integrar à pesquisa.

Outro ponto destacado como desafio a ser pensado é que, apesar de no cotidiano a tuberculose ainda ser negligenciada e, por isso, ter uma associação muito forte com os determinantes sociais em saúde, as soluções seguem cada vez mais no caminho da medicalização, como se o remédio fosse a resposta única para a doença, o grande salvador.

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