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CCAP como Estratégia de Incidência Política

Publicação: 26 de dezembro de 2018

(Ezio Távora – Rede TB)

O pesquisador Ezio Távora falou do resgate do viés de mobilização comunitária na Rede TB, especialmente quando completam 10 anos da realização do primeiro wokshop de engajamento comunitário em pesquisa. O objetivo é capacitar ativistas para pensar a tuberculose e a TBHIV no âmbito das pesquisas e usá-las como incidência política. É a possibilidade de transformar os ativistas por meio do conhecimento científico e popular, se apoderando e atuando na produção científica de forma a influenciar os processos.

Um trabalho multicêntrico sobre TB-MDR que ocorre em 11 países está avançando internacionalmente esse componente de engajamento em pesquisa desenvolvido pelos Centros Comunitários de Acompanhamento em Pesquisa (CCAPs). O movimento visa introduzir na Tuberculose o que foi feito na Aids a partir da década de 90, quando os ativistas tinham grande capacidade analítica, crítica e propositiva. A epidemia atacou primeiro pessoas de classe média, brancas, com boa interlocução com a mídia, imprensa e academia. Na medida em que a Aids empobreceu e também foi tendo resposta, essa capacidade diminuiu.

Então, foi necessário pensar como empoderar pessoas muito simples para que elas entendessem e utilizassem a pesquisa como instrumento, participando delas, incidindo politicamente. Pois aprendemos no passado que quando um ativista da Aids ajuda a pensar as formas de conduzir um estudo, ele pode contribuir positivamente para mudar a realidade. O ativista de TB também tem isso atribuído a ele, mas ainda não consegue impactar diretamente nos resultados pela pouca participação nas pesquisas.

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