Publicação: 25 de março de 2024
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A Comissão Externa da Câmara dos Deputados para o Enfrentamento da Tuberculose reuniu na terça-feira (19) representantes do governo e da sociedade civil em busca de estratégias para a emininação da doença no Brasil até 2030.
Vacina, financiamento permanente e programa-piloto em área crítica foram algumas das sugestões consensuais. A doença transmitida por bactérias é conhecida há mais de 5 mil anos, tem tratamento desde 1950, mas ainda mantém incidência elevada. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 105 mil brasileiros tiveram tuberculose em 2023, dos quais 87 mil foram diagnosticados e tratados.
O presidente da comissão externa, deputado Antonio Brito (PSD-BA), quer intensificar as ações de combate à doença no País inteiro, aproveitando a atual posição estratégica do Brasil no comando do G-20 e nos preparativos da Cúpula do Clima, a COP-30, na região amazônica.
A fim de ampliar os futuros resultados efetivos de erradicação, Brito sugere foco no Amazonas, onde a comissão já agendou visita técnica. O estado é que tem o maior número de casos proporcionalmente à população, especialmente entre indígenas. “No Amazonas, são 6 mil casos novos por ano. Então, o impacto de fazer um programa piloto na região para eliminação da tuberculose até 2030 dará a sensação de causa e efeito”, ressaltou.
Integrante da Articulação Social de Luta contra a Tuberculose, Carla Almeida defendeu aporte de recursos para as ações de estados e municípios, enquanto o presidente da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose REDE-TB, Ricardo Arcêncio, cobrou investimento público em vacinas e insumos. “Importantes pesquisas estão sendo desenvolvidas em âmbito nacional, mas sem valorização nem perspectiva de financiamento”, lamentou.