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Especialista alerta sobre altos índices de casos de tuberculose na cidade

Publicação: 26 de agosto de 2021

Patologia possui transmissão aérea e pode afetar diversos órgãos

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, popularmente conhecida como bacilo de Koch. O principal órgão afetado são os pulmões, mas pode acometer também rins, fígado, olhos e, até mesmo, o Sistema Nervoso Central. A transmissão ocorre via aérea, na qual uma pessoa contaminada, com TB ativa nos pulmões, pode disseminar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos, seja através da fala, espirro ou tosse.

A patologia se manifesta através de tosse com secreção por mais de três semanas, febre baixa ao final do dia, emagrecimento e sudorese noturna. A pneumologista e tisiologista, Márcia Haddad, alerta. “A forma assintomática pode ocorrer quando a doença está em estágio bem inicial, ainda não apresentando maior repercussão no organismo. Além disso, alguns pacientes apresentam poucos sintomas, às vezes só tosse persistente, que pode ser confundida com outras doenças, tais como asma, bronquite, uso de tabaco, sinusite.” É de extrema importância se atentar aos sinais, pois o diagnóstico tardio, a falta de um tratamento imediato e doenças associadas, como a diabetes e Aids, são fatores que podem agravar o quadro clínico.

O diagnóstico pode ser feito através da análise do histórico clínico do paciente, exame de escarro, procedimento em que se identifica se há a presença do bacilo de Koch no fluido em avaliação; radiografia ou tomografia de tórax. A análise da secreção expectorada pode ser realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no PAM Marechal, no caso das áreas descobertas.

Marcia Haddad destaca que “infelizmente a incidência em Juiz de Fora encontra-se alta , por diversos motivos: o índice de abandono do tratamento está acima do esperado, ou seja, o paciente abandona o tratamento, não fica curado e continua a espalhar o bacilo para outras pessoas. Podemos citar, dentre os motivos desse abandono precipitado, a falta de informação sobre a doença, a falta de condições socioeconômicas da população e a pandemia da Covid-19.”

O tratamento, que dura seis meses, pode ser realizado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e exige muita disciplina do paciente. Apesar de longo, ele deve ser seguido rigorosamente, com ingestão diária da medicação (fornecida exclusivamente pelo SUS). A tisiologista explica que o processo não pode ser interrompido e fazer o uso regular dos medicamentos é essencial para que, dessa forma, o enfermo consiga se recuperar de fato e evitar a contaminação de outras pessoas. “A tuberculose é uma doença curável em quase 100% dos casos. As medicações são específicas para a tuberculose e constam basicamente de quatro drogas chamadas: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.”

Haddad afirma que a prevenção acontece através da realização do tratamento adequado dos doentes, o controle dos comunicantes (pessoas que convivem com o paciente com Tuberculose), já que assim se interrompe a cadeia de transmissão da doença; controle adequado de doenças imunossupressoras e a vacinação com BCG dos recém nascidos.

Fonte: https://www.rcwtv.com.br/noticia/especialista-alerta-sobre-altos-indices-de-casos-de-tuberculose-na-cidade?fbclid=IwAR1i_PRxauKLjKdbi6r5fVbb9TDdq4Mw5HWWAyoG0R-FFxedW0gb4QEPnaA

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