Implementação de teste molecular no SUS aumenta notificação de tuberculose resistente no Brasil
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Desde 2014, o Brasil vem implementando de forma gradual o teste molecular rápido para tuberculose (TB) Xpert MTB/RIF no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, segundo um artigo publicado em agosto deste ano no periódico Lancet Regional Health – Americas, tem se mostrado acertada e uma importante estratégia de saúde pública.
O estudo mostrou que o uso crescente do teste aumentou em mais 63% as notificações de casos de tuberculose resistente no país em um período de seis anos.
A investigação foi conduzida por pesquisadores da Iniciativa MONSTER (Multinational Organization Network Sponsoring Translational and Epidemiological Research), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia e de Rondônia, das Universidades de Salvador (UNIFACS), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Amazonas (UEA) e Nilton Lins (AM), da Faculdade Zarns (BA), da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD, AM), da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) e colaboradores dos Estados Unidos. O trabalho foi coordenado pelo pesquisador Dr. Bruno de Bezerril Andrade.
Ao todo, o grupo revisou 1.061.776 casos de tuberculose registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-TB) do Ministério da Saúde entre 2011 e 2022, considerando aqueles que ocorreram entre 2011 e 2019 para a análise de séries temporais.
Os resultados mostraram que a implementação do teste Xpert MTB/RIF aumentou em 9,7% a notificação de tuberculose no país. Já as notificações de casos resistentes e sensíveis ao tratamento antituberculose aumentaram 63,6% e 92,1%, respectivamente.
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