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Parceria acadêmica promove prevenção e tratamento de tuberculose para migrantes e refugiados

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um quarto da população mundial está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, o bacilo responsável pela tuberculose. Diante dessa realidade, a OMS recomenda o uso de diferentes métodos de triagem, como medida preventiva contra a doença. No entanto, o Brasil ainda carece das ferramentas específicas necessárias para implementar essas estratégias de forma eficaz, o que eleva o risco de desenvolvimento da tuberculose, especialmente entre grupos mais vulneráveis, como migrantes internacionais, refugiados e apátridas (Mira).

Diante da vulnerabilidade enfrentada por esses grupos, especialistas brasileiros e estudantes de pós-graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (REDE-TB), orientados pelo professor Ricardo Alexandre Arcêncio, da EERP e presidente da Rede-TB, se uniram para promover a implementação de tecnologia para rastreio e adesão ao tratamento da tuberculose nessas comunidades por meio do Projeto Mira-TB. A tecnologia utilizada para rastreio e adesão ao tratamento é o aplicativo VDOT ou “tratamento diretamente observado por vídeo”, desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, utilizado para observar e validar a tomada de medicação do paciente sem que ele precise ir até uma unidade de saúde.

O projeto é desenvolvido em cinco cidades brasileiras, São Paulo, Rio de Janeiro, Boa Vista, Brasília e Foz do Iguaçu. Nessas cidades os profissionais realizam a busca em locais como abrigos de acolhimento, por exemplo, onde residem os migrantes internacionais, refugiados e apátridas. Logo depois, é feito o tratamento para os imigrantes que possuem a doença ativa, por meio do esquema básico com os medicamentos rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, explica o professor.

Saiba mais: https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/parceria-academica-promove-prevencao-e-tratamento-de-tuberculose-para-migrantes-e-refugiados/