Supervisora de tuberculose da Sesapi explica como identificar e tratar a doença
Ivone Venâncio traz detalhes sobre a tuberculose no Piauí e informa como se tratar e precaver
O Conecta Podcast recebeu a superintendente da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) e supervisora da tuberculose, Ivone Venâncio. Na conversa, conduzida pela jornalista Eugênia Reis, foram discutidos importantes pontos acerca da tuberculose, como o alarmante número de casos no Estado e como identificar a doença a partir de seus sintomas.
Sobre o número de casos, a superintendente explica que a contagem é feita através dos anos epidemiológicos e que, atualmente, estão sendo contabilizados os números registrados no ano de 2023. “Os dados, os indicadores, falam por si só a realidade dos municípios. Em 2022, tivemos 841 casos. Em 2023, até outubro, já somam mais de 958 casos. Esse olhar soma, em relação ao ano epidemiológico de 2022, acima de 20% de incidência, ou seja, de casos novos surgindo”, conta.
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Segundo Ivone, o tratamento da doença tem duração de seis meses, e é feito com uma combinação de medicações antibióticas. Sobre a identificação da tuberculose, ela explica que os sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras enfermidades pulmonares, mas que possui suas particularidades e que, por isso, deve-se estar atento aos sinais.
“Todas elas [as doenças pulmonares] podem ter febre, sudorese, perca de peso. Mas o horário do acometimento em relação à identificação da tuberculose é mai individualizado, é mais específico da doença. Esse olhar e esse diferencial faz todo o contexto da investigação epidemiológica. Se o indivíduo tem tosse e febre esporádica e todos os dias, isso pode ser pneumonia, seja ela bacteriana ou viral. Se ele tem tosse, perca de peso, sudorese noturna, dor toráxica e a febre sempre ao entardecer, isso pode ser tuberculose”, elucida a superintendente.