Sustentabilidade no financiamento da prevenção ao HIV e à aids é debatida em Conferência Internacional
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A necessidade de financiamento para a estabilidade e a sustentabilidade das ações de prevenção ao HIV e à aids em todo o mundo foi tema de painel durante a 25ª Conferência Internacional de Aids. O evento ocorre em Munique/Alemanha até o dia 26 deste mês, com destaque do Brasil em diversas áreas da resposta à infecção e à doença.
O diretor-executivo da AIDS Advocacy Coalition (Avac) – uma organização internacional sem fins lucrativos – Mitchell Warren, esteve à frente do painel de discussão e expressou que o Brasil inspira diversos países por ofertar a profilaxia pré-exposição (PrEP), de forma gratuita.
Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde (Dathi/SVSA/MS), explicou que a resposta brasileira ao HIV e à aids é reconhecida por colocar as pessoas em primeiro lugar – o próprio lema da Conferência deste ano. “Saúde não é uma mercadoria, é um direito. Não é uma questão de dinheiro, é uma questão de direitos humanos”, afirma o diretor.
Draurio também utilizou a ocasião para alertar as fabricantes de antirretrovirais sobre o alto custo desses medicamentos e como isso dificulta a acessibilidade dessas tecnologias e o cuidado das pessoas que vivem com HIV ou aids, em especial em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. “Precisamos renegociar esses valores. É inviável para qualquer país como o Brasil [em desenvolvimento], manter o tratamento da população desembolsando o valor que temos despendido atualmente”.