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Taxa de vacinação caiu 12% no Brasil em 2020, na 5ª queda consecutiva

Publicação: 10 de fevereiro de 2021

Com a pandemia de covid-19, taxa de imunização caiu de 73,4%, em 2019, para 64,8%, no ano passado

Brasil é referência global quando o assunto é imunização, mas a taxa de vacinação completou 5 anos de quedas seguidas em 2020. Assim, mesmo com tantas vacinas disponíveis e gratuitas no SUS (Sistema Único de Saúde), que previnem contra diversas doenças, o país não vem alcançando a taxa ideal de vacinação que varia de90% a 95%, dependendo do imunizante, segundo o PNI (Programa Nacional de Imunização).

Com a pandemia de covid-19, o Brasil ficou ainda mais distante desse número e teve queda de 11,8% na taxa de imunização, para 64,8%, no ano passado, ante 73,4%, em 2019, segundo levantamento da Heads In Health, empresa focada em análise de dados para saúde.

Em 2019, os brasileiros com mais de 60 anos vacinados contra Influenza (gripe) representavam 45% dos vacinados. Em 2020, essa parcela caiu para 15%.

“Essa queda no número de idosos vacinados contra a influenza se deve ao momento que estamos vivendo no país. Por serem parte do grupo de risco para o coronavírus, eles preferiram se resguardar e não procuraram um posto de saúde para realizar a imunização”, avalia Antônio Gaspar, diretor de operações da Heads in Health.

Apesar disso, o número de doses de influenza aumentou se comparado com 2019. Segundo a Heads in Health, isso se deve às crianças de dois a nove anos, que representavam apenas 15% em 2019 e que, no ano passado, passou para 26%. Outra faixa etária que aumentou o índice de imunização foi a população de 30 a 59 anos, que chegou a 17% em 2020. No ano anterior, índice foi de 10%.

“Com o vírus do covid-19 em circulação, os adultos de 30 a 59 ficaram mais receosos em contrair alguma doença respiratória e, por isso, procuraram por vacinas como a influenza. Já os pais de crianças de dois a nove anos estavam mais preparados em imunizar seus filhos do que os de menores de um ano, que preferiram resguardar seus pequenos”, explica Gaspar.

A vacina tetra viral, que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, foi a que menos teve aderência, com apenas 20,43% de cobertura vacinal.

Indicada para os recém-nascidos ainda na maternidade, a BCG, que previne contra tuberculose, a taxa de vacinação teve queda de 19,01% no ano passado.

Taxa de cobertura vacinal por vacina do Programa Nacional de Imunização (excluindo influenza)

Vacina20192020Variação (%)
BCG86,6770,19-19,01
Hepatite B em crianças até 30 dias78,5760,04-23,56
Rotavírus Humano85,4074,93-12,26
Meningococo C87,4176,14-12,89
Hepatite B70,7774,80+5,69
Penta70,7674,80+5,71
Pneumocócica89,0778,86-11,46
Poliomielite84,1973,75-12,40
Poliomielite 4 anos68,4565,77-3,92
Febre Amarela62,4155,51-11,06
Hepatite A85,0273,13-13,98
Pneumocócica(1º ref)83,4769,69-16,51
Meningococo C (1º ref)85,7874,02-13,71
Poliomielite(1º ref)74,6266,74-10,56
Tríplice Viral D193,1277,58-16,69
Tríplice Viral D281,5561,17-24,99
Tetra Viral(SRC+VZ)34,2420,43-40,33
DTP REF (4 e 6 anos)53,7471,61+33,25
Tríplice Bacteriana(DTP)(1º ref)57,0874,54+30,59
Dupla adulto e tríplice acelular gestante45,0221,67-51,87
dTpa gestante63,2344,42-29,75
Total73,4464,86-11,68

Fonte: https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/noticia/2021/01/20/taxa-de-vacinacao-caiu-12percent-no-brasil-em-2020-na-5a-queda-consecutiva.ghtml?fbclid=IwAR29nhyACxEVEPBW17a2rXM8icMIjjWhNb_BD52OP-QNV2chPmdxDkv4o-Q

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